Brincar com fogo: Resumo do capitulo
Machado de Assis
Jornal das Famílias
1975
Contos esquecidos. org. Magalhães Júnior
Rio, Ediouro
1996
Lúcia e Maria eram duas grandes amigas, quase parentas, sempre que acontecia algo com uma sempre era contado para a outra. Namoro que uma começasse logo se contava a outra. Algum beijo era logo contado a outra.
Aconteceu que um dia, no ano de 1868, estavam as duas na janela da casa de Lúcia olhando quem passava na rua, quando João dos Passos passou por lá.
João dos Passos era um rapaz de vinte e tantos anos, estatura regular e barba raspada. Tinha uma elegância natural e naquele dia tinha acabado de comprar uma calça nova .
João fitou as duas moças na janela com sua luneta de vidro só, enquanto as duas moças discutiam para saber para qual ele olhava.
As duas olhavam para João dos Passos e ele podia ver claramente isto.
Ao virar a esquina João tirou o lenço do bolso e deu um adeus para as meninas com ele. As duas ficaram brigando para saber quem ficaria com ele.
As duas meninas falavam de João de Passos quando ele passou outra vez, e Mariquinhas disse a Lúcia:
-Vamos amanhã na minha casa na rua do Príncipe.
Lúcia deu um beliscão em Maria por ela ter dado um jeito de falar onde morava.
Depois de alguns dias sem aparecer João apareceu na frente da casa de Lúcia e de Mariquinhas, e as duas se gabaram achando que ele havia escolhido uma delas.
Alguns dias se passaram do mesmo jeito, João dos Passos enviava cartas praticamente iguais as duas meninas e elas lhe respondiam com cartas igualmente amorosas, enquanto, na verdade, gozavam de perfeita saúde.
João dos Passos não sabia o que queria com aqueles namoros, mas continuava a levá-los.
João dos Passos achava que estava muito bem com aqueles namoros, mas as duas meninas só faziam zombar dele.
Sempre que estavam juntas zombavam de seu andar, de seu jeito e de outras coisas.
Mas as duas cometeram um erro, o pior de todos.
Este erro foi ter uma dito para a outra que João dos Passos havia parado de escrever-lhe, sendo isto, é claro, mentira. Ambas achavam que João não escrevia mais para a outra e sim apenas para ela, achando que ele havia se interessado por ela.
Lúcia ria de Mariquinhas e Mariquinhas de Lúcia.
E João dos passos gostava da duas, mas gostando das duas acabava por não gostar verdadeiramente de nenhuma das duas.
As cartas continuaram e depois de um tempo o pai de Lúcia e a mãe de Mariquinhas repararam na mudança de comportamento das duas meninas, ambas mais serias do que nunca, lhe perguntaram se havia um namorado, depois de lhe contarem sobre João dos Passos ambos concederam as meninas, sem uma saber da outra é claro, permissão para o casamento.
Ambas encaminharam para o tal cartas contando da feliz notícia.
João dos Passos ficou totalmente surpreendido com as duas cartas, e como até agora não havia decidido entre as duas começou a pensar qual das duas escolheria. Ao final decidiu escrever uma carta para cada uma adiando a situação para daqui a uma semana, marcando com uma as sete e com outra as oito. Mas as cartas foram trocadas, a de Lúcia para Mariquinhas e a de Mariquinhas para Lúcia.
As duas ficaram totalmente desapontadas e tristes com o traidor. Depois disto nenhuma delas o esperou mais na janela.
João dos Passos indagou o que havia, mas depois se esqueceu das duas pois uma prima sua chegara na cidade, esta prima tinha belos olhos e cinco excelentes prédios , isto fez com que ele esquecesse Lúcia e Mariquinhas.Quanto as duas, se casaram depois mas nunca mais se deixaram enganar.
eu lia esse conto no livro mas não entendia nada , esse resumo me ajudou muito a entender o conto!
ResponderExcluirO que João dos Passos pretendia: casar ou passar tempo?
ResponderExcluirApós alguns meses, as confidências entre as amigas continuavam como no ínicio? Justifique
ResponderExcluirAssim ajudou pra krl
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